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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA NA CIDADE DE JARDIM DO SERIDÓ

Hoje é feriado nacional. Em todo o país é comemorado o dia da Proclamação da República, como marco da mudança do regime imperial para republicano, que aconteceu em 15 de novembro de 1889. Segundo José Murilo de Carvalho a República foi instalada sem a participação do povo. Se a população da cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, assistiu aos acontecimentos de forma “bestializada”, quando mais o restante do país.
Em Jardim do Seridó a população só foi tomar conhecimento do que estava acontecendo no Brasil em 1º de dezembro de 1889, quando a Câmara Municipal convocou uma Sessão Extraordinária, sobre a presidência do edil Remigio Álvares de Nóbrega para “o fim de communicar a transformação pública porque passou o paiz, no dia 15 de Novembro passado e que parecendo-lhe que o Município participava dos sentimentos de que se achava possoido elle Presidente, propunha que na presente acta se declarasse que o Município adheria a forma de Governo Republicano”, conforme a acta da sessão de 1º de dezembro de 1889.
Constituída pelos vereadores Remigio Álvares da Nóbrega, presidente, José Isaias de Medeiros, Manoel Francisco de Azevedo, Manoel Francisco dos Santos e Antônio Manoel do Nascimento, a Câmara Municipal de Jardim do Seridó se reuniu às quinze horas do dia 1º de dezembro de 1889 em seu Paço, local onde eram realizadas as sessões, para receber várias autoridades municipais e aderir ao novo governo.
Além dos senhores vereadores e de pessoas de bem da sociedade jardinense, o Paço Municipal recebia a ilustre visita do Dr. Manoel José Fernandes, juiz de Direto da Comarca, “o qual exibindo um telegrama datado de 17 de Novembro próximo passado, disse que havia recebido communicado de haver sido organizado um Governo provisório da República do Estado do Rio Grande do Norte, na pessoa do Ex.mo presidente Pedro Velho de Albuquerque Maranhão”.
Ao todo, 29 cidadãos jardinenses assinaram a ata da sessão, como testemunhas da adesão da cidade a causa republicana. Estiveram presentes: Manoel José Fernandes (Juiz da Comarca), Padre José Antônio da Silva Pinto (Pároco), Álvaro Fragois de Albuquerque (Júri Municipal), João Severino da Silva, Antônio da Cunha Lima (Escrivão da Câmara), Felinto Elisio d´Oliveira Azevêdo, José Thomaz d´Aquino Pereira, Jesuíno Ildefonso d´Oliveira Azevedo, Ignácio (?), Galdino Alves dos Santos, Manoel Sampaio dos Santos, Joaquim (?) da Silva, Orestes d´Araújo Cunha, Simão Pereira de Castro, Joaquim Geminiano da Fonseca, Antônio Fernandes de Araújo, José Barbosa de Medeiros, Thomas Freire de Araújo, Manoel Lucas de Azevedo, João Aprigio Pereira, Francisco Garcia de Araújo, Victo Modesto de Azevedo, Pedro Paulo de Azevedo, Nicolau Damasceno Rocha, José Agostinho de Azevedo, Lino Garcia de Araújo, Manoel Campêo Teixeira Brasil, Abdias Satiro de Azevedo e Jose Maria Dantas.

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